Transtorno de aprendizagem

Vamos falar primeiramente dos TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM.
Existem crianças que, apesar de um desenvolvimento perfeitamente dentro da expectativa, não conseguem aprender.
Elas tem inteligência normal.
Elas tem estruturas cerebrais normais.
Elas tem vontade de aprender.
Mas, não conseguem!!!
É como se esse cérebro não conseguisse funcionar bem quando a assunto é leitura, escrita ou matemática.
Esses casos recebem a denominação de TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM e podem ser suspeitados até mesmo antes do período da alfabetização, mas o diagnóstico só será confirmado quando a criança alcançar 8 ou 9 anos.
INTERNATIONAL DYSLEXIA FOUNDATION aponta para a ocorrência desses transtornos em aproximadamente 15% a 20% da população.
O prejuízo tem origem neurobiológica. Ou seja, ocorre devido a alterações no funcionamento da engrenagem que movimenta todo o processo de aprendizagem dentro do cérebro da criança. E tem influência genética.
Comprovadamente, notam-se vários casos dentro de uma mesma família e maior presença em irmãos gêmeos idênticos. Portanto, se alguém na família tem ou teve na infância muita dificuldade para aprender, é melhor estar atento.
Assim, fica bem claro que não é falta de interesse. É, de fato, uma limitação e a criança não “se defende” sozinha.
E como identificar se é esse o motivo pelo qual a criança não aprende?
Já lhe adiantamos, não é tão fácil.
Mas, alguns sinais podem ser observados desde antes da alfabetização.
Na pré-escola, por ter dificuldades no processo inicial de aprendizagem, a criança pode se mostrar dispersa, sem muito interesse pelos livros e apresentar limitações em relação à sua coordenação motora, dificuldade em montar um quebra-cabeça ou em memorizar os números.
E muitíssimo importante: muitas crianças com transtorno de aprendizagem apresentam atraso para começar a falar e podem ter dificuldades com rimas e canções.
Aos 6 anos, na fase escolar, a professora passa a observar que a criança tem dificuldade em copiar do quadro, em escrever as letras. É como se toda a turma caminhasse e ela claramente ficasse para trás.
E isso acontece sem que o professor perceba nada de tão atípico em outras questões, como por exemplo, em seu comportamento ou em sua interação social. Ou seja, não se encontra nada que justifique tamanho atraso.


Porém, com o passar do tempo e com a frustração essas crianças podem se sentir tristes ou irritáveis, podem se isolar ou ficar agressivas.
Mas tudo como consequência de sua insatisfação em relação à (não) aprendizagem e à toda cobrança muitas vezes imposta.
Não deve ser fácil perceber que todos à sua volta conseguem unir as letrinhas e criar palavras, criar um mundo de imaginação letrado, não é mesmo?
Esperamos que até aqui tenha ficado claro que existe um transtorno específico de aprendizagem e como ele pode ser percebido nos anos iniciais da criança.

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